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domingo, 20 de fevereiro de 2011

Araucaria angustifolia

Neivacir Fátima Tedesco


Pinheiro brasileiro, pinheiro-do-paraná, pinheiro-caiová entre outros, a araucária é conhecida por muitos nomes. Quando adulta apresenta forma de uma taça podendo chegar a pouco mais de 50m de altura. Os índios chamavam de “Curitiba” ou “imensidão de pinheiros” a região do grande planalto de começava depois da Serra do Mar. O nome ficou, Curitiba capital do Paraná, mas a imensidão de pinheiros....
Suas folhas apresentam nas extremidades estruturas semelhantes a espinhos, então o nome da espécie “angustifolia”. O termo angústia se estende ao sentimento de quem está preocupado com a situação da floresta de araucária que é um dos mais exuberantes ecossistemas do Brasil.
Infelizmente a floresta de araucária não foi respeitada ao longo do processo de colonização do sul do país, o que levou a redução drástica de sua ocorrência. Ao longo da história de ocupação do sul brasileiro, assistiu-se a eliminação de florestas, produto dos ciclos econômicos, em detrimento ao cultivo do café, exploração de madeira e mais recentemente a soja.
Leis e outros instrumentos legais simplesmente impeditivos não estão sendo suficientes para impedir o alarmante processo de destruição que hoje vigora. É necessário tomar medidas conservativas em relação aos últimos remanescentes da floresta original. Incentivar os proprietários não só em relação à conservação mas sobretudo encontrar formas que possibilitem a exploração racional dos recursos dessas florestas. Modelos silviculturais precisam ser aplicados para recuperar seu potencial produtivo e resgatar seus valores ecológicos.
As atividades silviculturais e o manejo promovem o desenvolvimento florestal e não é sinônimo de corte de árvores como muitos afirmam. A prioridade de um plano de manejo florestal deve ser o respeito à capacidade de restauração natural de uma floresta e que bem conduzido, dentro da técnica, deve ser incentivado e defendido.
Os “Planos de Exploração” foram substituídos pelos “Planos de Manejo Florestal em Regime de Rendimento Sustentado” esses trazem princípios de perpetuação e conservação da floresta, porém a falta de compromisso e a ineficiência dos órgãos de fiscalização forjaram Planos simplesmente para atender a burocracia.

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